Antigo Testamento vs. Novo Testamento – Quais são as diferenças?

Antigo Testamento vs. Novo Testamento – Quais são as diferenças?

Embora a Bíblia seja um livro unificado, existem diferenças entre o Antigo Testamento e o Novo Testamento. De muitas maneiras, eles se complementam. O Antigo Testamento é a base; o Novo Testamento se apoia nessa fundação com uma revelação mais profunda de Deus. Enquanto o Antigo Testamento estabelece princípios que ilustram as verdades do Novo, ele contém muitas profecias que se cumprem posteriormente. Ademais, o Antigo Testamento narra a história de um povo, enquanto o Novo Testamento foca em uma Pessoa. No Antigo Testamento, vemos a ira de Deus contra o pecado (mesmo com vislumbres de Sua graça); já no Novo Testamento, a ênfase é na graça de Deus para com os pecadores (também com vislumbres de Sua ira).

O Antigo Testamento prevê a vinda de um Messias (consulte Isaías 53), enquanto o Novo Testamento revela quem é esse Messias (como demonstrado em relatos de João). Além disso, o Antigo Testamento registra a entrega da Lei de Deus, e o Novo Testamento mostra como Jesus, o Messias, cumpriu essa Lei (conforme mencionado em passagens dos Evangelhos e de Hebreus). No Antigo Testamento, as interações de Deus se concentram, em sua maioria, com Seu povo escolhido, os judeus; já no Novo Testamento, o foco passa a ser Sua igreja. As bênçãos físicas prometidas sob o Antigo Pacto dão lugar às bênçãos espirituais do Novo Pacto.

As profecias do Antigo Testamento sobre a vinda de Cristo, embora extremamente detalhadas, apresentam certa ambiguidade que é esclarecida no Novo Testamento. Por exemplo, o profeta Isaías falou da morte do Messias e do estabelecimento do Seu reino, sem fazer menção à cronologia desses eventos—sem sugerir que o sofrimento e a edificação do reino ocorreriam em épocas separadas por milênios. No Novo Testamento, torna-se claro que o Messias teria dois adventos: o primeiro, em que sofreu, morreu e ressuscitou; o segundo, em que estabelecerá Seu reino.

Como a revelação nas Escrituras é progressiva, o Novo Testamento traz com mais clareza os princípios introduzidos no Antigo. O livro de Hebreus descreve como Jesus é o verdadeiro Sumo Sacerdote e como Seu único sacrifício substitui todos os sacrifícios anteriores, que eram meros prenúncios. O cordeiro pascal do Antigo Testamento se torna o Cordeiro de Deus no Novo Testamento. Enquanto o Antigo Testamento apresenta a Lei, o Novo Testamento esclarece que essa Lei tinha o propósito de mostrar aos homens a necessidade de salvação, jamais sendo o meio de alcançá-la.

O Antigo Testamento relata a perda do paraíso para Adão, enquanto o Novo Testamento mostra como o paraíso é reconquistado através do segundo Adão, Cristo. O Antigo Testamento declara que o homem foi separado de Deus pelo pecado (como em Gênesis 3), e o Novo Testamento afirma que o homem pode ter seu relacionamento com Deus restaurado. Assim como o Antigo Testamento previa a vida do Messias, os Evangelhos registram a vida de Jesus, e as Epístolas interpretam Sua trajetória e ensinam como devemos responder ao que Ele realizou.

Em resumo, o Antigo Testamento estabelece as bases para a vinda do Messias, que se sacrificaria pelos pecados do mundo, enquanto o Novo Testamento registra o ministério de Jesus Cristo e reflete sobre Suas ações e a forma como devemos responder. Ambos os testamentos revelam o mesmo Deus santo, misericordioso e justo, que condena o pecado, mas deseja salvar os pecadores por meio de um sacrifício expiatório. Em cada um deles, Deus se revela e mostra o caminho para que possamos nos aproximar d’Ele pela fé.

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