Quem foram os reis de Israel e Judá?

No período que antecedeu a monarquia, Israel não tinha rei; cada um fazia o que achava certo. Deus levantou Samuel para liderar o povo, e todos sabiam que ele havia sido designado como profeta do Senhor. Samuel julgou Israel durante toda a sua vida e, quando envelheceu, nomeou seus filhos como juízes. Contudo, o povo rejeitou os seus filhos, recusou-se a obedecer a Samuel e exigiu um rei. Quando Samuel comunicou o pedido a Deus, o Senhor respondeu: “Ouçam-no e deem-lhes um rei”.

Saul foi o primeiro rei. Pertencente à tribo de Benjamim, que quase havia sido aniquilada nos tempos dos juízes, Saul era alto, belo e humilde. Seu reinado começou com uma vitória brilhante sobre os amonitas, o que dissipou quaisquer dúvidas quanto à nova monarquia. Porém, o sucesso subiu à sua cabeça, fazendo com que a humildade se transformasse em orgulho. Ao oferecer um sacrifício – atribuição exclusiva dos sacerdotes – demonstrou sua presumida importância. Ao desobedecer deliberadamente a Deus, causou a tristeza do Senhor, que declarou a Samuel estar contrariado por tê-lo feito rei, pois Saul se afastara e não cumprira as instruções divinas. Seu reinado, de 1049 a.C. a 1009 a.C., foi marcado pelo insucesso, e, ferido em batalha, ele acabou por tirar a própria vida.

David, embora ungido ainda menino, não assumiu o trono até após a morte de Saul. De baixa estatura, ruivo, de belo semblante, atraente e dotado de imensa força física, David destacava-se não apenas como homem de guerra, mas também por sua prudência, coragem, habilidade musical e religiosidade. Deus prometera que a família de David reinaria para sempre, conforme a profecia: “Um broto surgirá do tronco de Jessé e, de suas raízes, uma Branch dará fruto”. Após a morte de Saul, David foi proclamado rei de Judá e, sete anos depois, passou a governar todo Israel. Com 30 anos, reinou de 1009 a.C. até 969 a.C.

Salomão tornou-se rei em 971 a.C., possivelmente dois anos antes da morte de seu pai David, e reinou até 931 a.C. Filho de Bate-Seba, apesar de não estar diretamente na linha de sucessão, foi escolhido por David e aprovado por Deus como seu sucessor. Salomão herdou o trono do reino mais poderoso da época, vivendo uma era de paz e prosperidade, marcada por vastos empreendimentos comerciais e realizações literárias. Quando Deus lhe deu a opção de escolher qualquer desejo, Salomão pediu sabedoria para governar seu povo, agradando ao Senhor, que o recompensou ricamente com riqueza, poder, sabedoria e a importante tarefa de construir o templo.

Após a morte de Salomão, o reino foi dividido. Dez tribos formaram o Reino do Norte, denominado Israel, enquanto Judá e Benjamim constituíram o Reino do Sul, chamado Judá. A divisão ocorreu aproximadamente em 931 a.C. As datas dos reinados são aproximadas, levando em conta sobreposições, soberanias compartilhadas, períodos de anarquia e a prática judaica de considerar partes de anos como anos completos. Partes de alguns reinados coincidiram. Todos os reis de Israel praticaram a idolatria – os piores servindo a Baal –, enquanto muitos reis de Judá também adoraram ídolos, com poucos servindo fielmente ao Senhor. Alguns reis considerados maus apresentaram traços positivos, assim como alguns bons apresentaram falhas. A seguir, encontram-se listados os reis, as datas aproximadas de seus reinados e descrições gerais de sua obediência a Deus:

Reis de Israel

  • Jeroboão I: rebelde, 931–910 a.C.
  • Nadabe: mau, 910–909 a.C.
  • Baasa: perverso, 909–886 a.C.
  • Elá: perverso, 886–885 a.C.
  • Zimri: pecaminoso, 885 a.C.
  • Tibni: iníquo, 885–880 a.C.
  • Omri (sobreposição): extremamente mau, 885–874 a.C.
  • Ahab: o pior até então, 874–853 a.C.
  • Acazias: desobediente, 853–852 a.C.
  • Jorão: geralmente desprezível, 852–841 a.C.
  • Jeú: não foi bom, mas melhor que os demais, 841–814 a.C.
  • Jeoacaz: não cumpridor, 814–798 a.C.
  • Joás: desviado, 798–782 a.C.
  • Jeroboão II (sobreposição): de má conduta, 793–753 a.C.
  • Zacarias: abismal, 753 a.C.
  • Salum: cheio de vícios, 752 a.C.
  • Menaém: horrível, 752–742 a.C.
  • Pecquia: idólatra, 742–740 a.C.
  • Pecá (sobreposição): terrível, 752–732 a.C.
  • Oséias: lamentável, 732–722 a.C.

Reis de Judá

  • Reoboão: em sua maioria mau, 931–913 a.C.
  • Abias: em sua maioria pervertido, 913–911 a.C.
  • Asa: bom, 911–870 a.C.
  • Jeosafá (sobreposição): justo, 873–848 a.C.
  • Jorão (sobreposição): terrível, 853–841 a.C.
  • Acazias: mau, 841 a.C.
  • Atalia (rainha): diabólica, 841–835 a.C.
  • Joás: em sua maioria virtuoso, 835–796 a.C.
  • Amazias: em sua maioria íntegro, 796–767 a.C.
  • Uzias/Azarias (sobreposição): em sua maioria respeitável, 790–739 a.C.
  • Jotão (sobreposição): digno, 750–731 a.C.
  • Acaz: abominável, 735–715 a.C.
  • Ezequias: o melhor, 715–686 a.C.
  • Manassés: depravado até que se arrependeu no final, 695–642 a.C.
  • Amom: traiçoeiro, 642–640 a.C.
  • Josias: grandioso, 640–609 a.C.
  • Jeoacaz: terrível, 609 a.C.
  • Jehoiakim: degenerado, 609–597 a.C.
  • Jehoiachin: assustador, 597 a.C.
  • Zedequias: tolo, 597–586 a.C.

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