Muitas vezes, pensamos que nossas vidas podem ser simplificadas se tivermos uma lista de verificação a seguir. Temos listas de compras, tarefas, desejos e muito mais. Certamente, se Deus deseja que tenhamos sucesso em viver para Ele, deve haver uma lista na Bíblia de pecados a serem evitados. Ao consultarmos a Bíblia, encontramos listas de pecados, mas percebemos que elas parecem não ter fim.
Desde o princípio, Deus indicou ao homem o que era certo e o que era errado. No Jardim, Ele disse a Adão: “Você pode comer de qualquer árvore do jardim, mas não deve comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, pois, ao fazê-lo, certamente morrerá.” Quando os filhos de Israel saíram do Egito, Deus estabeleceu Sua Lei no Monte Sinai. Os Dez Mandamentos não representavam a totalidade da lei, mas um resumo de tudo o que Deus tinha a ensinar. Livros como Levítico e Deuteronômio são dedicados a revelar as leis para os israelitas. Segundo os rabinos judeus, há 613 mandamentos na Torá, dos quais 365 estão na categoria do “não deverás…”.
Quais são alguns exemplos desses pecados? Nos Dez Mandamentos, encontramos a falsa adoração, a idolatria, o uso indevido do nome de Deus, a violação do sábado, a desonra aos pais, o assassinato, o adultério, o roubo, a mentira e a cobiça. No Sermão da Montanha, Jesus elevou esses conceitos a um novo patamar. Relativamente ao assassinato, Ele ensinou que “qualquer um que se irar contra seu irmão estará sujeito ao julgamento… e aquele que chamar o irmão de tolo estará sob o risco do fogo do inferno.” Quanto ao adultério, Jesus explicou que “qualquer um que olhar para uma mulher com desejo já cometeu adultério com ela em seu coração.” Em outro trecho, somos alertados de que “os atos da natureza pecaminosa são evidentes: imoralidade sexual, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, ódio, discórdia, ciúmes, acessos de raiva, ambição egoísta, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes.” Apenas essas breves listas já nos fornecem inúmeros aspectos para refletirmos e aprimorarmos ao longo de uma vida.
Além disso, somos ensinados que “todo erro é pecado” e que aquele “que sabe o bem que deve fazer e não o faz, comete pecado.” Ao tentarmos compilar uma lista dos pecados, nos deparamos com a avalanche de falhas que acumulamos, percebendo que pecamos muito mais do que imaginávamos.
As Escrituras nos ensinam que “aqueles que confiam na observância da lei estão sob uma maldição, pois está escrito: ‘Amaldiçoado é todo aquele que não continua a fazer tudo o que está escrito na Lei’.” Embora essa afirmação possa parecer desanimadora, ela traz a melhor notícia. Como jamais poderemos cumprir totalmente a Lei de Deus, surge uma solução: Cristo nos redimiu da maldição da lei ao se tornar uma maldição por nós, para que a bênção concedida a Abraão pudesse alcançar os gentios por meio d’Ele, e assim, pela fé, pudéssemos receber a promessa do Espírito.
A Lei de Deus, ou as listas de pecados presentes na Bíblia, servem como uma instrutora que nos conduz a Cristo, para que sejamos justificados pela fé.
