Pergunta
É aceitável para Deus que um marido e uma esposa mantenham relações sexuais enquanto a esposa está menstruada?
Resposta
O Levítico 15:19 afirma: “Quando uma mulher tem seu fluxo regular de sangue, a impureza do seu período mensal durará sete dias, e quem a tocar ficará impuro até o entardecer.” De modo similar, o Levítico 15:24 ensina que se um homem se deitar com ela e seu fluxo mensal o tocar, ele ficará impuro por sete dias, ficando também impura qualquer cama em que ele se deitar. Por fim, o Levítico 20:18 declara que se um homem se deitar com uma mulher no período menstrual e tiver relações sexuais, ele expôs a fonte do fluxo, e ela também a revelou. Com base nessas Escrituras, alguns defendem que o casal não deveria ter relações sexuais enquanto a esposa está menstruada.
Entretanto, se aplicarmos essas passagens de forma consistente, até mesmo o simples toque em uma mulher durante o período seria proibido, e, conforme ensina o Levítico 15:20-23, tocar em algo que a mulher tocou também seria vedado. Será que essas leis se aplicam aos dias de hoje? A resposta é não.
É importante lembrar o propósito das leis do Antigo Testamento que tratavam do sangue. No sistema sacrificial, o sangue era considerado sagrado, e a “impureza” da mulher durante seu período simbolizava o valor que se atribuía ao sangue, motivo pelo qual o contato com uma mulher menstruada era proibido.
Hoje, os cristãos não estão sujeitos à lei cerimonial do Antigo Testamento, uma vez que não há mais um sistema sacrificial. O sacrifício de Jesus pagou a penalidade pelos pecados de forma definitiva, e, portanto, as leis cerimoniais levíticas não se aplicam mais. Do ponto de vista bíblico, não existe impedimento para que um casal mantenha relações sexuais durante o período menstrual da esposa.
Alguns médicos podem não recomendar essa prática por motivos de saúde, mas não há evidências de perigos específicos relacionados a ter relações sexuais durante a menstruação. Além disso, é comum que as mulheres não tenham o desejo de manter relações sexuais nesse período, o que também deve ser considerado.
Em síntese, a decisão sobre a prática deve ser tomada pelo casal, sempre em espírito de consentimento mútuo, conforme orienta 1 Coríntios 7:5.
