O que é a Igreja da Unificação?
A Igreja da Unificação é uma seita fundada pelo Reverendo Sun Myung Moon (1920–2012), que a iniciou em Seul, Coreia, em 1954. O nome oficial da igreja é Federação da Família para a Paz Mundial e Unificação (inicialmente estabelecida como Associação do Espírito Santo para a Unificação do Cristianismo Mundial); atualmente é liderada por Hak Ja Han, viúva de Moon.
O unificacionismo tornou-se imediatamente controverso, pois Moon acreditava que a Bíblia não podia ser compreendida sem o auxílio de seu livro Ensinamento Divino, que ele afirmava ser inspirado divinamente. O líder acumulou uma fortuna considerável, de modo que, ao falecer em 2012, sua riqueza estava na casa dos milhões. Moon incentivou seus seguidores – muitas vezes chamados de “moonitas” – a ações inusitadas e, por vezes, bizarras. Entre essas, destaca-se o investimento de 48 milhões de dólares na produção de um filme anticomunista que acabou fracassando, além do notório casamento em massa de 3.000 casais realizado em 1992.
A Igreja da Unificação é considerada uma igreja falsa. Em primeiro lugar, é possível comparar o que a Bíblia ensina sobre falsos mestres com a vida de Sun Myung Moon. Segundo 1 Timóteo 6:3, o verdadeiro ensino de Deus conduz a uma vida santa e justa. Moon foi acusado, em diversas ocasiões, de impureza sexual, e chegou a ser condenado por evasão fiscal, tendo sido sentenciado à prisão. Ademais, o apóstolo Judas adverte sobre homens que transformam a graça em licença para comportamentos ímpios (Judas 1:4).
Em segundo lugar, a Igreja da Unificação se caracteriza por uma teologia que foge aos ensinamentos bíblicos. De acordo com os ensinamentos de Moon, o homem seria a manifestação visível de Deus e, inversamente, Deus seria a forma invisível do homem – uma ideia que encontra refutação clara em passagens como Hebreus 2:6–8. Moon chegou inclusive a se autoproclamar o “Rei da Paz” em 2004, afirmando ser o Messias e Salvador do mundo, ao mesmo tempo em que atribuía à sua esposa a identidade de Espírito Santo. O suposto objetivo do unificacionismo é alcançar a paz mundial por meio da criação de “famílias verdadeiras”. Para tanto, Moon e sua esposa se apresentaram como os “Pais Verdadeiros”, alegando ter sido os primeiros a gerar filhos isentos do pecado, e ainda ensinam que os mortos podem retornar à Terra para uma segunda chance de expiação por seus pecados.
A teologia unificacionista nega a compreensão trinitária da Divindade (conforme Tito 2:13). Além disso, o unificacionismo rejeita a ressurreição física de Jesus (como descrito em 1 Coríntios 15) e nega Sua natureza divina (de acordo com Hebreus 1:1–3). A salvação, de acordo com a Igreja da Unificação, depende do esforço humano e da prática da restituição, contrariando diretamente Efésios 2:8–9, que afirma que “pela graça sois salvos, mediante a fé – e isso não vem de vós, é dom de Deus – não pelas obras”. Dessa maneira, ao basear sua proposta na ênfase em obras e na negação da divindade de Cristo, a Igreja da Unificação se alinha a diversas outras seitas e religiões falsas que compartilham desses mesmos pressupostos.
Além das táticas enganosas e das práticas de controle mental, o movimento revela seu perigo ao advogar uma teologia que contraria abertamente as Escrituras. Os seguidores dos ensinamentos de Sun Myung Moon depositam sua confiança em um falso messias e acabam sendo levados a compreender erroneamente a natureza de Deus, de Jesus e da vida após a morte. É lamentável que tantos busquem seu caminho para o céu por meio de ensinamentos distorcidos, enquanto Jesus Cristo já pagou integralmente o preço pelos pecados na cruz. Triste é constatar que esses moonitas optem por seguir um líder voltado para interesses próprios, em detrimento daquele que se sacrificou e ressuscitou em favor da salvação da humanidade.