Pergunta
O que é o feminino sagrado?
Resposta
O “feminino sagrado” é um movimento religioso que enfatiza a feminilidade como estando mais próxima da divindade do que a masculinidade. Seus adeptos veneram a beleza feminina e o poder da reprodução, defendendo que, por possuir a capacidade de gerar vida, as mulheres são intrinsecamente mais “sagradas” que os homens, que só podem experienciar esse aspecto de forma espiritual através do ato sexual.
Os defensores dessa ideia vão desde pseudo-cristãos e feministas radicais até adoradores de deusas e praticantes da Wicca. Indícios desse ponto de vista podem ser identificados em diversas tradições religiosas e rituais ligados à fertilidade e à veneração de divindades femininas.
No romance “O Código Da Vinci”, Dan Brown aponta repetidamente para o “feminino sagrado”. Em sua teoria infundada, ele sugere que a missão de Jesus teria sido gerar filhos com Maria Madalena, formando assim uma linhagem “real”. Segundo esse argumento, Maria Madalena seria o “santo graal” que carregava o sangue de Jesus e a líder destinada a conduzir a igreja cristã, ideia que, segundo ele, teria sido suprimida pelos discípulos e pela igreja primitiva em favor de uma visão patriarcal.
No entanto, nem a imaginação de Dan Brown nem o conceito de feminino sagrado encontram respaldo nas Escrituras. Jesus escolheu doze discípulos homens, e os textos sagrados oferecem diversos exemplos de liderança masculina na igreja, mesmo reconhecendo a igualdade e a unidade de mulheres e homens no Corpo de Cristo, cada qual com seus papéis distintos. Embora a mulher seja enaltecida pelo dom da maternidade, isso não significa que seu valor ou papel seja mais ou menos sagrado quando comparado ao dos homens. Assim, o “feminino sagrado” não se confirma como algo divinamente reservado, nem reflete com precisão o que as Escrituras descrevem como verdadeira feminilidade.






