Se Jesus é Deus, por que Ele não sabia quando voltaria?
Ao falar de Sua segunda vinda, Jesus afirmou que “ninguém sabe sobre aquele dia ou hora, nem os anjos no céu, nem o Filho, mas somente o Pai”. A Bíblia ensina claramente que Jesus é Deus e sabemos que Deus é onisciente. Por isso, a declaração de Jesus pode parecer, à primeira vista, um paradoxo.
A chave para compreender essa aparente limitação no conhecimento de Jesus está na natureza da Encarnação. Quando o Filho de Deus se tornou homem, Ele continuou totalmente divino, mas também assumiu uma verdadeira natureza humana. Mesmo mantendo todos os atributos da divindade, Jesus, em sua condição de homem, optou por restringir voluntariamente o uso desses atributos. Esse ato fazia parte do “esvaziamento próprio” ou da auto-renúncia descrita em Filipenses 2:6–8. Ao adentrar nosso mundo, Ele deixou para trás os privilégios que desfrutava no céu, abrindo mão de Sua posição gloriosa e escolhendo ocupar o lugar de servo.
Houve momentos em que Jesus manifestou publicamente seu conhecimento e poder divinos na terra, sempre agindo conforme a direção do Pai. Em outras ocasiões, sem essa orientação, Ele manteve Sua glória oculta. Em tudo, Jesus obedecia à vontade do Pai, declarando: “Eu sempre faço o que Lhe agrada”.
Portanto, quando Jesus afirmou que não sabia quando voltaria, estava propositalmente se humilhando e assumindo a postura de servo. Como nenhum ser humano possui o conhecimento do exato momento do Seu retorno — pois essa informação é exclusiva do Pai —, Jesus voluntariamente restringiu o acesso a esse conhecimento durante Sua vida terrena. Essa escolha exemplifica Sua submissão ao Pai e o compromisso de viver plenamente a experiência humana.
Agora, exaltado no céu, Ele certamente detém todo o conhecimento, inclusive o tempo da Sua segunda vinda.
