Pode Deus pecar? Se Deus não pode pecar, Ele é verdadeiramente onipotente?
Questão
Resposta
Para responder a essa questão, é preciso primeiro considerar quem é Deus. A mente humana não consegue compreender verdadeiramente Sua natureza se não for por meio das revelações especiais que nos foram concedidas. Uma delas se manifesta por meio da criação, cuja complexidade, design e ordem nos levam a reconhecer a existência de um Ser grandioso que a trouxe à existência e a sustenta.
Outra forma de revelação ocorre através da Palavra escrita de Deus. A partir das Escrituras, podemos identificar atributos que revelam a natureza divina, oferecendo-nos um vislumbre de Seu caráter. Um teólogo afirma que esses atributos são “Suas perfeições”. Entre eles estão: a eternidade; a imutabilidade; o amor; a onipotência, que o define como o Todo-Poderoso; a onipresença, por estar em todos os lugares a todo momento; a santidade, que implica pureza absoluta e separação do mal; a retidão, ou justiça; e a verdade.
Essa é uma breve visão de um Deus que se manifesta em três pessoas – Pai, Filho e Espírito Santo – e cujos atributos são evidentes em cada membro da Divindade. Por ser santo, justo e verdadeiro, e por não agir de forma incoerente com Sua própria natureza, concluímos que Deus não pode pecar. Como a essência de Deus é constituída de santidade, retidão e demais perfeições, se Ele pecasse, deixaria de ser o que é. O fato de Deus ser “santo, santo, santo” impede que Ele realize qualquer ato que seja impuro ou pecaminoso.
Não podemos encerrar sem reconhecer o fato surpreendente de que esse Deus santo se envolveu com o pecado da humanidade. Ele enviou Seu Filho único a este mundo, para morrer e pagar a penalidade do pecado. Conforme as Escrituras, Cristo morreu pelos pecados de todos, carregou os nossos pecados em Seu corpo e, por meio de Seus sacrifícios, a humanidade pode encontrar redenção e cura. Essa ação demonstra a profundidade do amor e da justiça de Deus, que, mesmo sendo incapaz de pecar, se entregou para remediar a condição péssima da humanidade.