Música Cristã Contemporânea – Está honrando a Deus? Deve ser usada nos cultos?

Pergunta

A questão da música cristã contemporânea (MCC) e se ela é honrosa para Deus e apropriada para os cultos de adoração é um tema debatido há décadas. Curiosamente, o que deveria ser fonte de beleza e paz – as doces melodias da música – frequentemente gera conflitos e divergências entre os cristãos quanto às escolhas musicais durante a adoração. De fato, tornou-se uma das principais causas de desentendimentos dentro das congregações e até mesmo de divisões entre igrejas. Lamentavelmente, há crentes que se ressentem e se irritam quando seu gosto musical específico não é atendido. Estudos em diversas igrejas apontam que os responsáveis pela música estão entre os líderes cristãos mais sobrecarregados e estressados.

Resposta

Os gostos musicais são tão variados quanto os próprios membros da igreja. Há aqueles que amam os hinos antigos, enquanto outros preferem a música cristã contemporânea. Alguns ministros têm buscado agradar a todos, mesclando o antigo com o novo. Outras congregações chegam a oferecer dois cultos separados aos domingos – um tradicional e outro contemporâneo. Ainda assim, existem igrejas que se apegam tenazmente à tradição. Um pastor, por exemplo, costuma afirmar: “Você não ouvirá música cristã contemporânea em nossa igreja! Permanecemos fiéis aos hinos antigos!” Contudo, o que muitas vezes passa despercebido é que os próprios hinos foram, em seu tempo, contemporâneos. Em contraste, há igrejas onde a música é tocada em volume altíssimo, lembrando o barulho de um veículo blindado atravessando um campo minado.

Defensores dos hinos antigos argumentam que eles representam um elo tangível com o passado, e isso é verdade, pois muitos desses hinos resistiram ao teste do tempo e são ricos em doutrina cristã. As letras, por exemplo, de autores como Charles Wesley ou Martim Lutero, oferecem ensinamentos profundos de uma teologia cristã sólida. Entretanto, nos dias atuais também há artistas cristãos excepcionais que glorificam o nome de Cristo Jesus com seus talentos. Frequentemente, permitimos que nossas preferências pessoais definam o que é considerado agradável a Deus. Contudo, é importante promover a liberdade e a graça cristã nas escolhas musicais, priorizando o bem-estar e a harmonia no corpo de Cristo, mesmo que isso signifique abrir mão de gostos individuais.

Sempre surge a dúvida: baterias, teclados ou guitarras elétricas têm lugar na igreja? Em si, os instrumentos musicais não são nem bons nem maus. Assim, a verdadeira questão é se uma peça musical edifica os crentes enquanto traz honra e glória a Cristo Jesus. Se a resposta for afirmativa, faz realmente diferença se o acompanhamento é feito por um piano ou por uma guitarra? Talvez a própria passagem de Efésios 5:19 seja uma resposta, visto que incentiva a adoração e o encorajamento mútuo através de “salmos, hinos e cânticos espirituais”, encorajando os crentes a cantarem e fazerem música em seus corações para o Senhor.

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