O que a Bíblia diz sobre o dízimo cristão? Um cristão deve pagar dízimo?

O que a Bíblia diz sobre o dízimo cristão? Um cristão deveria dar dízimo?

Muitos cristãos enfrentam dificuldades com a questão do dízimo. Em algumas igrejas, a prática de doar é excessivamente enfatizada, enquanto em outras muitos se recusam a se submeter às exortações bíblicas acerca das ofertas ao Senhor. O dízimo e a doação deveriam ser fontes de alegria e bênçãos, mas infelizmente essa realidade nem sempre é vivida na igreja contemporânea.

O dízimo é um conceito presente no Antigo Testamento. Naquela época, a Lei determinava que os israelitas devessem oferecer 10% das colheitas e do gado criado como uma contribuição para o tabernáculo/templo. Na prática, a Lei exigia múltiplos dízimos – um destinado aos levitas, outro para o sustento do templo e das festas religiosas, e ainda um para os necessitados, chegando a aproximadamente 23,3% no total. Alguns interpretam esse sistema como uma forma de tributação que assegurava o sustento dos sacerdotes e levitas no sistema sacrificial.

Com a morte de Jesus Cristo, que cumpriu a Lei, o Novo Testamento não impõe nem recomenda um sistema legalista de dízimo para os cristãos. Ele não estabelece uma porcentagem fixa da renda a ser reservada, apenas orienta que as ofertas sejam feitas “conforme a possibilidade” de cada um. Embora alguns tenham adotado a prática dos 10% como um mínimo recomendado, essa orientação não é uma exigência para o cristão.

Apesar de não haver uma imposição do dízimo no Novo Testamento, a importância e os benefícios de dar são ressaltados. Devemos contribuir de acordo com nossa capacidade: em determinadas situações, isso pode significar doar mais de 10%, e em outras, menos, levando em conta tanto a capacidade individual quanto as necessidades do corpo de Cristo. Cada cristão é encorajado a buscar a sabedoria de Deus por meio da oração (Tiago 1:5) para definir a melhor forma de contribuir. O ideal é que as ofertas sejam realizadas com motivos sinceros, num espírito de adoração a Deus e de serviço à comunidade, pois “cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama quem dá com alegria” (2 Coríntios 9:7).

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