O que é henoteísmo / monolatria / monolatria?
De acordo com o Dicionário American Heritage, a monolatria (também chamada de monolatrismo) é a adoração de apenas um deus sem negar a existência de outros deuses. O henoteísmo está relacionado, pois reconhece a existência de muitos deuses, mas escolhe concentrar sua devoção em apenas um — geralmente considerado o deus da família ou do clã. Um monolater, ou henoteísta, é comprometido com um único deus, mas deixa espaço para outras divindades. Muitas culturas antigas acreditavam em mais de um deus, embora algumas dessas culturas prestassem homenagem a um deus acima dos demais.
O hinduísmo é um exemplo clássico da prática da monolatria ou henoteísmo. Os hindus geralmente adoram um único deus, mas reconhecem que existem inúmeros outros deuses que também podem ser venerados. Os antigos egípcios acreditavam em muitos deuses, mas em determinados períodos — dependendo de quem era o faraó — um deus era elevado acima dos demais. Da mesma forma, a religião dos antigos gregos, com a adoração aos deuses do Olimpo, apresenta Zeus como o governante supremo sobre outros onze deuses. Todos os doze eram adorados, cada um de forma individual por diferentes seitas, com seus próprios templos, sacerdotes e santuários.
Alguns historiadores acreditam que os primeiros israelitas eram henoteístas ou monolaters, o que ajudaria a explicar a produção do bezerro de ouro em Êxodo 32:3–5 e o mandamento “Não terás outros deuses diante de mim” (Êxodo 20:3). Esses trechos sugerem que os antigos israelitas ainda não eram monoteístas plenamente desenvolvidos. Por meio de Moisés, Deus passou a ensinar aos hebreus que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó é o único Deus verdadeiro acima de todos. O profeta Isaías, inspirado pelo Espírito Santo, lembrou Israel e todas as nações da verdadeira natureza de Deus: “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. … Eu sou o Senhor, e não há outro” (Isaías 45:5–6).
Em alguns momentos, os israelitas pareciam acreditar que outras nações possuíam seus próprios deuses, mesmo com Yahweh sendo a divindade suprema. Contudo, se os israelitas se inclinavam para o henoteísmo ou a monolatria, faziam-no apesar do que Deus havia revelado nas Escrituras Hebraicas. Deuteronômio 6:4 elimina toda dúvida sobre a existência de múltiplos deuses: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus, o Senhor é um.” O henoteísmo ou a monolatria é incompatível com o ensinamento bíblico.
A Bíblia é clara quanto a este assunto: existe apenas um Deus. O henoteísmo ou a monolatria está equivocado por reconhecer a existência de outros deuses. Todo o argumento bíblico se fundamenta no fato de que há um único Deus, pois, se outros deuses existissem, Jesus Cristo não teria precisado morrer — haveria muitos caminhos para o céu.
Considere este trecho: “Sabemos que um ídolo nada é no mundo e que não há outro Deus senão um. Os ídolos são apenas supostos deuses, mas para nós há apenas um Deus” (1 Coríntios 8:4–6).
Quando Paulo visitou Atenas, encontrou estátuas representando diversos deuses gregos e romanos, e os atenienses possuíam santuários espalhados pela cidade dedicados a essas divindades. Um altar em particular chamou a atenção de Paulo, pois nele estava inscrito “A UM DEUS DESCONHECIDO.” Na ignorância, os gregos haviam erguido um altar para qualquer deus que, inadvertidamente, pudessem ter deixado de incluir em seu panteão, e alguns henoteístas ou monolaters escolheram esse “deus desconhecido” como foco de sua devoção. Como os gregos não sabiam quem era esse deus, Paulo explicou que o seu “deus desconhecido” era o Deus da Bíblia, o Criador do céu e da terra. O único Deus verdadeiro não habita em templos construídos por mãos humanas; incapazes de encontrá-lo por conta própria, os gregos tiveram o único Deus verdadeiro que os buscou.