O que é o Cristadelphianismo e o que os Cristadelphianos acreditam?
A seita Cristadelphiana foi fundada em 1838 por John Thomas, um médico nascido em Londres que se tornou professor da Bíblia. Assim como os fundadores das Testemunhas de Jeová, dos Mórmons e dos Cientistas Cristãos, Thomas acreditava ter encontrado a verdade do verdadeiro Cristianismo.
O Cristadelphianismo, assim como outros cultos e religiões falsas, nega a divindade de Jesus Cristo e prega uma salvação baseada em obras. Em relação à divindade de Cristo, essa doutrina ensina que Jesus foi mais que um homem, mas menos que Deus. Segundo A. Hayward, em Great News for the World, Jesus foi um ser criado com “força de caráter para corrigir alguns dos erros mais chocantes de seu tempo”. Os cristadelphianos ensinam que, embora Jesus não tenha pecado, ele possuía uma natureza pecaminosa, não foi pré-existente e só passou a existir ao nascer em Belém. Em contraste, a Bíblia declara que Jesus foi perfeitamente imaculado, conforme indicado em passagens que ressaltam que ele “não cometeu pecado”, “não há pecado nele”, “não possuía pecado” e “foi tentado em todas as coisas, contudo, sem pecado”. Ademais, a pré-existência de Jesus é evidenciada em trechos do Evangelho de João, onde o Verbo estava “no princípio com Deus”, por meio de quem todas as coisas foram criadas e que “se fez carne e habitou entre nós”.
O Cristadelphianismo também promove o conceito de salvação mediante obras. Para os cristadelphianos, a fé em Cristo é somente o ponto de partida, sendo a salvação um processo que depende da “fé nos pactos”, das boas obras e do batismo. Embora a salvação seja um dom de Deus, ela seria concedida apenas àqueles cujas obras a tornem merecedora. Em oposição a essa visão, a Bíblia ensina que “toda nossa justiça é como vestes imundas”, que as obras são incapazes de nos salvar e que todos somos infratores da lei, já que “quem guarda a totalidade da lei, porém tropeça em um ponto, torna-se culpado de transgredi-la toda”. Por outro lado, a Escritura declara que Cristo nos redimiu da maldição da lei, tornando-se uma maldição por nós. Assim, a lei, as obras e a justiça pessoal são impotentes para nos salvar, sendo somente a fé em Cristo e seu sacrifício perfeito na cruz o único meio de salvação, conceito reforçado em diversas passagens bíblicas. Em suma, somos salvos unicamente pela fé em Cristo, conforme fica evidente ao afirmar que “Deus o fez, que não tinha pecado, tornar-se pecado por nós, para que nele fôssemos feitos a justiça de Deus”. Se, conforme ensinam os cristadelphianos, nossa salvação dependesse de nossos próprios esforços, a morte de Cristo teria sido em vão, contrariando a ideia do dom gratuito da graça.
Outras crenças não bíblicas dos cristadelphianos incluem o ensino de que o Espírito Santo é uma força impessoal, que o ser humano não possui uma alma imortal, que Satanás não é um ser pessoal, que a morte implica inconsciência ou aniquilação e que o inferno é sinônimo do túmulo, onde os falecidos permanecem inconscientes. Ao invés de restaurar o verdadeiro Cristianismo, os cristadelphianos negam alguns dos princípios fundamentais das Escrituras.