O que podemos aprender com o ladrão na cruz?
Ao buscar o que podemos aprender com o ladrão na cruz, é importante lembrar que, na época da crucificação de Jesus, dois ladrões foram crucificados ao lado Dele e ambos iniciaram seu sofrimento zombando e blasfemando contra Ele, assim como muitos dos espectadores. Um dos ladrões respondeu com fé à mensagem de salvação e foi levado ao paraíso naquele mesmo dia, sendo geralmente conhecido como o ladrão na cruz. O homem do outro lado de Jesus não se arrependeu, segundo os registros, revelando, assim, as duas possíveis reações à presença do Salvador.
É notável que, mesmo no tormento excruciante e paralisante da cruz, o Filho do Homem manteve o coração, a mente e a vontade de orar pelos outros. Ainda mais surpreendente é o fato de que um dos ladrões, mesmo imerso em sua própria agonia, ouviu o chamado do Espírito de Deus para o arrependimento e a aceitação do perdão que seria concedido por meio da morte de Cristo. Enquanto os discípulos se afastavam, esse homem atendeu ao chamado e teve seus pecados perdoados, incluindo a blasfêmia contra o Filho de Deus.
Por outro lado, o fato de o outro ladrão ter rejeitado Jesus se torna marcante por si só. Enquanto sofria na cruz, ele se uniu aos seus carrascos ao insultar o Salvador do mundo, possivelmente na tentativa de se identificar com aqueles que o cercavam, como alguém ligado ao mundo e sem amor por Deus. Apesar de estar tão próximo do Salvador – a ponto de ouvir Sua oração, presenciar a salvação do companheiro e ver o mundo se apagar –, o orgulho impediu sua submissão à única fonte de salvação. Assim, quando chegar o momento de se prostrar diante do mesmo Nome que zombou, seu ato será feito com relutância e em meio ao tormento.
O exemplo do ladrão redimido na cruz nos ensina que todos somos pecadores que necessitam de um Salvador. Não importa quantos sejam nossos pecados ou se eles são considerados menores ou extremos, nunca é tarde para se arrepender e aceitar o dom gratuito da salvação. Além disso, enquanto houver alguém com a mente e a vontade de escolher a vida, sempre haverá a oportunidade de proclamar o evangelho, abrindo espaço para um milagre operado pelo Espírito Santo.
