Por que Deus amou Jacó e odiou Esaú (Malaquias 1:3; Romanos 9:13)?

Por que Deus amou Jacó e odiou Esaú (Malaquias 1:3; Romanos 9:13)?

No Antigo Testamento, há passagens em que o Senhor declara ter amado alguns e rejeitado outros – como quando afirma ter amado Jacó e odiado Esaú, transformando as montanhas de Esaú em um deserto e entregando sua herança às feras do deserto. Já no Novo Testamento, o apóstolo Paulo retoma essa ideia para ilustrar que, mesmo tendo o mesmo pai, antes mesmo dos gêmeos nascerem ou praticarem alguma ação boa ou má, Deus estabeleceu, por eleição, que “o mais novo serviria ao mais velho”.

Ao estudar o contexto bíblico, é importante notar que tanto o profeta Malaquias quanto o apóstolo Paulo utilizam o nome “Esaú” para se referir aos edomitas, os descendentes de Esaú. Isaac e Rebeca geraram dois filhos, Esaú e Jacó. Deus escolheu Jacó – a quem mais tarde renomeou Israel – para ser o pai do Seu povo escolhido, os israelitas, enquanto rejeitou Esaú (também chamado de Edom) para essa missão.

Dessa forma, a declaração de que Deus amou Jacó e odiou Esaú não trata de sentimentos humanos de amor e ódio. Tem a ver com a soberana escolha divina de selecionar um homem e seus descendentes e rejeitar outro. Assim como Deus escolheu Abraão dentre todos os homens e Isaac em detrimento de Ismael, Ele exerceu Sua liberdade para decidir de quem faria parte de Seu plano e propósito.

Anos depois, os descendentes de Jacó e de Esaú se tornaram inimigos. Os edomitas, descendentes de Esaú, frequentemente colaboravam com os adversários de Israel, o que culminava na manifestação da maldição divina sobre eles, conforme os relatos bíblicos em que outras nações passaram a se submeter ao povo escolhido de Deus.

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