Resumo do Livro do Êxodo
Autor: Moisés
Data da Escrita: O Livro do Êxodo foi escrito entre 1440 e 1400 A.C.
Propósito da Escrita: A palavra “êxodo” significa partida. No tempo de Deus, a saída dos israelitas do Egito marcou o fim de um período de opressão para os descendentes de Abraão e o início do cumprimento da promessa de que seus descendentes não só habitaria a Terra Prometida, mas também se multiplicaria e se tornaria uma grande nação. Assim, o livro traça o rápido crescimento dos descendentes de Jacó, desde sua entrada no Egito até o estabelecimento de uma nação teocrática na Terra Prometida.
Versículos-Chave
- “Então um novo rei, que não conhecia José, assumiu o poder no Egito.” (Êxodo 1:8)
- “Deus ouviu o gemido deles e se lembrou da aliança feita com Abraão, com Isaque e com Jacó. Assim, Deus olhou para os israelitas e se comoveu com eles.” (Êxodo 2:24-25)
- “Este é o sacrifício da Páscoa para o SENHOR, que passou por cima das casas dos israelitas no Egito e poupou nossas casas quando feriu os egípcios.” (Êxodo 12:27)
- “Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei do Egito, da terra da escravidão. Não terás outros deuses diante de mim.” (Êxodo 20:2-3)
Resumo Breve
O Êxodo inicia onde Gênesis termina, quando Deus passa a intervir na vida de Seu povo escolhido, os judeus. O relato abrange desde a chegada dos israelitas ao Egito, como convidados de José, até sua libertação da cruel escravidão imposta por “um novo rei, que não conhecia José”. Nos capítulos 1 a 14 são descritas as condições de opressão sob o domínio do Faraó, a ascensão de Moisés como libertador, as pragas enviadas por Deus contra o Egito devido à recusa do rei em se submeter a Ele, e a saída do povo. A ação soberana e poderosa de Deus aparece por meio dos milagres das pragas – culminando na morte dos primogênitos e na instituição da primeira Páscoa – na libertação dos israelitas, na abertura do Mar Vermelho e na derrota do exército egípcio.
A parte intermediária do livro é dedicada à peregrinação pelo deserto e à provisão miraculosa de Deus para Seu povo. Mesmo depois de receberem pão do céu, água doce obtida da amargura, água extraída de uma rocha, vitórias sobre seus inimigos, a Lei escrita em tábuas de pedra pela própria mão de Deus e Sua presença manifesta em pilares de fogo e nuvem, o povo continuou a murmurar e a se rebelar.
A parte final do livro descreve a construção da Arca da Aliança e o plano para o Tabernáculo, com suas diversas ofertas, altares, móveis, cerimônias e formas de culto.
Presságios
Os inúmeros sacrifícios exigidos aos israelitas prefiguravam o sacrifício supremo: o Cordeiro Pascal de Deus, Jesus Cristo. Na noite da última praga no Egito, um cordeiro sem defeitos foi sacrificado e seu sangue foi aplicado aos umbrais das casas do povo de Deus, protegendo-os do anjo da morte. Esse evento prenunciava Jesus, o Cordeiro de Deus sem mácula, cuja morte assegura vida eterna. Entre as representações simbólicas de Cristo no Êxodo, destaca-se a história da água da rocha: assim como Moisés feriu a rocha para fornecer água viva ao povo, Deus também demonstrou Sua obra redentora por meio da salvação concedida em Jesus. A provisão do maná no deserto representa, de forma perfeita, Cristo, o Pão da Vida, enviado por Deus para nos sustentar.
Aplicação Prática
A Lei Mosaica foi dada, em parte, para demonstrar à humanidade sua incapacidade de cumpri-la. Não podemos agradar a Deus apenas obedecendo à lei; por isso, somos exortados a colocar nossa fé em Cristo Jesus, para sermos justificados pela fé e não pelo cumprimento da lei, já que, por ela, ninguém alcançará justificação. A provisão de Deus para os israelitas – desde a libertação do cativeiro até o maná e as codornizes no deserto – evidencia Sua graça abundante e a promessa de suprir todas as nossas necessidades. Devemos confiar no Senhor, pois Ele é capaz de nos livrar de qualquer situação adversa. Contudo, é importante lembrar que Deus não permite que o pecado permaneça impune para sempre. Assim, ao sermos tirados de circunstâncias desfavoráveis, não devemos buscar retornar a elas. Enquanto Ele exige obediência, também oferece graça e misericórdia, ciente de que, por nós mesmos, não conseguiríamos cumprir perfeitamente Seus mandamentos.