Se Jesus era Deus, como Ele poderia orar para Deus? Jesus estava orando para Si mesmo?
Para entender Jesus como Deus na Terra orando para Seu Pai no Céu, é preciso compreender que o Pai eterno e o Filho eterno mantinham uma relação que transcende o tempo, mesmo antes de Jesus assumir a forma humana. Os ensinamentos bíblicos deixam claro que Jesus sempre foi o Filho de Deus, existindo desde a eternidade passada, e continua a ser, sem jamais ter deixado de ser parte dessa realidade divina.
De acordo com as Escrituras, o Filho foi concedido e o Filho nasceu. Jesus sempre fez parte da trindade, juntamente com o Espírito Santo. Essa trindade sempre existiu: o Pai, o Filho e o Espírito. Não são três deuses distintos, mas um só Deus manifestado em três pessoas coiguais, que compartilham a mesma substância e essência. Jesus ensinou que Ele e Seu Pai são um, demonstrando essa união eterna e indivisível.
Quando Jesus, o Filho eterno de Deus, assumiu a humanidade sem pecado, Ele também tomou a forma de um servo, abrindo mão de Sua glória celestial. Como o Deus-homem, foi necessário que Ele aprendesse a obedecer ao Pai, enfrentando as tentações, as acusações falsas, a rejeição de Seu povo e, finalmente, a crucificação. Ao orar, Jesus pedia poder e sabedoria, demonstrando sua dependência em Sua condição humana para cumprir o plano de redenção estabelecido pelo Pai, mesmo quando assumiu o papel de nosso sumo sacerdote.
Sua oração evidenciava a submissão absoluta à vontade do Pai, que o conduzira à cruz para pagar o preço da desobediência à lei divina. Após a crucificação, Ele ressuscitou corporalmente, assegurando o perdão e a vida eterna àqueles que se arrependem dos pecados e creem Nele como Salvador.
Não há contradição no fato de que o Filho de Deus orasse ou dialogasse com o Pai. Desde sempre, a relação eterna entre eles permitiu que o Filho, em plena humanidade, cumprisse a vontade divina, adquirindo a redenção para Seus filhos. O exemplo de constante oração e submissão de Cristo ao Pai serve como modelo para todos nós.
Jesus Cristo não deixou de ser Deus ao orar para Seu Pai no Céu. Ao demonstrar a importância de uma vida de oração vibrante mesmo na condição de humanidade sem pecado, Ele nos ensinou que devemos depender de Deus para obter a força e a sabedoria necessárias. Assim como o Deus-homem encontrou na oração o caminho para cumprir a vontade do Pai, cada seguidor de Cristo é chamado a cultivar essa prática essencial em sua vida.