O que a Bíblia diz sobre o Vodu? Como um Cristão deve ver o Vodu?
O Vodu é o nome dado a diversas práticas religiosas derivadas do Vodu ocidental. O Vodu original, das regiões da África Ocidental, é uma religião politeísta chamada Vodon (também grafada como Vodun, Voudoun, Vodou, Vaudoux, Vodoun ou Voudou). Essa religião homenageia um deus de natureza dual, tanto masculina quanto feminina, e espíritos que regem a natureza, presentes em rochas, rios, árvores, entre outros. Esses espíritos são conhecidos como vodon ou vudu. Essa forma de Vodu também envolve sacrifícios de animais e a veneração dos ancestrais.
No Haiti e na Louisiana (assim como em comunidades haitianas em Miami e Nova York), o Vodu tem sua origem no Vodu ocidental, porém foi misturado com aspectos superficiais do Catolicismo Romano. Esse sincretismo ocorreu quando escravos foram trazidos para o Novo Mundo e pressionados a se converterem ao Catolicismo. Dessa forma, o Vodu ocidental foi combinado com a fé católica, dando origem a uma forma subterrânea de Vodu presente na América Latina, Cuba, Haiti e Louisiana. Em Cuba, essa mistura é geralmente chamada de Santeria; no Brasil, é conhecida como Candomblé (entre outros termos). No Vodu haitiano, a adoração se direciona aos loa, divindades que servem ao único Deus, e esses loa passaram a ser associados aos santos católicos.
No Vodu da Louisiana, existe um forte enfâse na crença em espíritos que supervisionam todas as coisas. Os escravos alteraram os nomes africanos desses espíritos para corresponder aos nomes dos santos católicos, como parte da fusão do Vodu ocidental com o Catolicismo. As mulheres que presidiam rituais e cerimônias e utilizavam amuletos e poções mágicas ficaram conhecidas como Rainhas do Vodu. A Rainha do Vodu mais famosa foi Marie Laveau, de Nova Orleans, que também se considerava uma católica devota. Essa situação impulsionou uma maior sincretização entre o Vodu e o Catolicismo Romano.
Como o Vodu é fundamentado principalmente na tradição oral, suas práticas podem variar de pessoa para pessoa. Há a crença em um deus, chamado Bondye, mas esse deus é distante e não atua no cotidiano. Os praticantes se conectam com os espíritos por meio de cânticos, danças extáticas – nas quais os fiéis convidam os espíritos a “montá-los” – e até pelo uso de cobras. Além disso, o Vodu envolve dietas especiais, cerimônias, rituais, feitiços, poções e o uso de talismãs e amuletos para a cura e auxílio aos seguidores.
O Vodu abrange a adoração de espíritos e práticas ocultistas, como a adivinhação e a feitiçaria. Tais práticas são severamente condenadas por Deus na Bíblia, como em Deuteronômio 18:9-13, onde Deus proíbe consultar qualquer pessoa que pratique “adivinhação ou feitiçaria, interprete presságios, se envolva com bruxaria, lance feitiços, seja médium ou espiritista, ou consulte os mortos” (veja também Levítico 19:26, 19:31, 20:6; 2 Reis 17:17; Atos 19:18-19; Apocalipse 21:8, 22:15).
O deus do Vodu não é o Deus bíblico, mas sim uma divindade distante, que não se envolve com a humanidade ou com a natureza. A adoração dos espíritos do Vodu constitui a veneração de falsos deuses e, por isso, é condenada em toda a Bíblia. Além de ser uma religião incompatível com o Cristianismo, as práticas e crenças do Vodu vão de encontro à Palavra de Deus. Ademais, as atividades ocultistas associadas ao Vodu são perigosas, pois abrem a porta para a influência de demônios.
Ao combinar uma adoração politeísta dos espíritos com uma forma superficial de Cristianismo, o Vodu efetivamente nega a primazia de Jesus Cristo e Sua obra redentora na cruz, bem como a necessidade da redenção exclusivamente por meio da fé em Cristo. Dessa maneira, o Vodu é incompatível com a Palavra de Deus em três aspectos: não se adora o Deus verdadeiro, Jesus passa a ser secundário em relação aos espíritos e as práticas ocultistas prevalecem.






