O que é Jesus Culture? Jesus Culture é bíblico?
Jesus Culture é um movimento que começou em 1999 como um grupo de jovens e que, desde então, expandiu sua influência para o cenário internacional. As músicas e conferências do Jesus Culture são direcionadas aos jovens, com o objetivo de levá-los a “experimentar o amor radical de Deus” e enviá-los de volta às suas comunidades “completamente apaixonados e transformados” (segundo o site oficial). O ministério foca no avivamento, na adoração, no poder de Deus e na “presença manifestada” de Cristo no mundo. O fundador do movimento é Banning Liebscher, da Igreja Bethel, uma igreja Carismática liderada por Bill Johnson em Redding, Califórnia.
Sempre houve – e sempre haverá – grande variedade dentro do corpo de Cristo. Uma das razões para a abundância de denominações é que cada ser humano é único, não existindo um modelo único que sirva para todos. Com cada geração, testemunhamos o renascer de uma paixão que se expressa de diferentes maneiras. Nos anos 1940, foi o Youth for Christ; nos anos 1970, os Jesus People; e, desde 1997, temos presenciado a Geração 268, também conhecida como Movimento da Paixão. Os jovens do Jesus Culture são entusiasmados em espalhar a adoração pelo mundo, buscando fazê-lo da forma que lhes parece mais adequada.
A Igreja Bethel, de onde emergiu o Jesus Culture, ensina que a salvação é concedida pela graça, por meio da fé. Contudo, essa igreja também defende que os cargos de apóstolo e profeta continuam sendo preenchidos até os dias atuais. O “ensino dos apóstolos” mencionado em Atos 2:42 não corresponde necessariamente à doutrina de Pedro, Tiago e João, mas sim ao que os apóstolos modernos estão proclamando. Evidentemente, tal doutrina pode levar a uma minimização da importância das Escrituras, abrindo espaço para ensinamentos equivocados.
De fato, o Jesus Culture às vezes é criticado pela falta de profundidade e de ensino bíblico em suas conferências e concertos. O enfoque está em proporcionar um “encontro pessoal com o amor de Deus”, de forma indefinida, em vez de enfatizar o arrependimento e a fé. Essa abordagem apela para a emoção e, como ocorre em tudo que se baseia primordialmente em sentimentos, os participantes podem acabar se desviando do caminho. Sempre que damos prioridade à experiência emocional em vez do ensino claro da Palavra, corremos o risco de adotar doutrinas potencialmente prejudiciais.
Outra preocupação diz respeito ao destaque dado pelo Jesus Culture aos sinais e maravilhas, que incluem visões, curas e o falar em línguas de caráter esotérico. Johnson ensina que crentes doentes “permitem” que a doença se instale em suas vidas e que aqueles que não são curados devem “reconhecer que não é culpa de Deus” e orar por uma “unção maior” (segundo o site oficial do Jesus Culture).
Dentre os participantes do Jesus Culture há muitos crentes comprometidos, e seu enfoque na adoração e nas missões globais é digno de reconhecimento, pois cada pessoa que é conduzida à fé em Cristo é motivo de louvor. Ao mesmo tempo, Got Questions Ministries discorda da posição adotada em relação aos dons de sinal e enxerga um perigo na promoção de apóstolos modernos. Em 1 Tessalonicenses 5:21 somos instruídos a “examinar todas as coisas; reter o que é bom.” Como crentes, devemos avaliar cuidadosamente cada ensinamento e prática, comparando-os com a Palavra escrita de Deus.