Pergunta
O logo, reconhecido mundialmente como o “sinal da paz”, teve sua origem na década de 1950, quando foi adotado como emblema da Campanha pelo Desarmamento Nuclear (CND). Segundo essa campanha, o símbolo foi criado em 1958 pelo artista e designer inglês Gerald Holtom, formado pelo Royal College of Arts. Holtom, que se recusou a participar ativamente da Segunda Guerra Mundial por convicção, preferindo trabalhar numa fazenda em Norfolk, incorporou ao design os sinais manuais (semáforos) correspondentes às letras N e D. Nesse contexto, o N representava “nuclear” e o D “desarmamento”. No semáforo, a letra N é formada por uma pessoa segurando duas bandeiras organizadas em um V invertido, enquanto a letra D é representada por uma bandeira apontando para cima e outra para baixo. Ao sobrepor essas posições, deram-se as barras que compõem o sinal da paz.
Holtom apresentou seu design aos representantes do escritório da Peace News em Londres e ao Comitê de Ação Direta Contra a Guerra Nuclear, que já organizava uma grande manifestação antinuclear partindo de Londres rumo a Aldermaston – local onde armas nucleares britânicas eram fabricadas. Bertrand Russell, um dos organizadores da marcha, escolheu o símbolo para estampar botões e faixas utilizadas no protesto, que estreou publicamente no Reino Unido durante o feriado de Páscoa de 1958. Inicialmente, Holtom pretendia utilizar uma cruz dentro de um círculo como símbolo, porém, alguns clérigos consultados não aprovaram a ideia de empregar a cruz num estandarte de protesto. Para o designer, o V invertido também representava o desespero causado pela proliferação nuclear.
O símbolo foi levado aos Estados Unidos por Bayard Rustin, ativista dos direitos civis que participou da marcha em Aldermaston. Ainda naquele mesmo ano, o sinal da paz foi utilizado pela primeira vez em solo americano, quando o pacifista Albert Bigelow navegou com seu pequeno barco próximo a um local programado para testes nucleares enquanto ostentava a faixa da CND. Posteriormente, o símbolo recebeu destaque em marchas pelos direitos civis e em manifestações contra a Guerra do Vietnã. Hoje, o sinal da paz é frequentemente incorporado em roupas e joias como acessório de moda.
A origem do símbolo está amplamente documentada por meio de cartas, entrevistas e os esboços originais, atualmente expostos no Peace Museum, em Bradford, Reino Unido. Embora algumas teorias sustentem que o símbolo possua significados comunistas, ocultistas ou anti-cristãos, essas interpretações não possuem comprovação em fontes confiáveis.
Seja através do desarmamento ou de outras iniciativas, a busca pela paz continua sendo tema de debates intensos. Vivemos num mundo repleto de inquietações, onde, tragicamente, muitos procuram a paz por meio de caminhos muitas vezes infrutíferos. A verdadeira paz, porém, é encontrada em Jesus Cristo, o Príncipe da Paz, que nos reconcilia com Deus e que, no fim, estabelecerá um reino de paz na Terra.






