Por que Deus não dá aos anjos caídos a chance de se arrepender?
A Bíblia não aborda especificamente a questão de os anjos caídos terem a oportunidade de se arrepender, mas podemos extrair alguns ensinamentos do que ela diz. Primeiramente, Satanás (Lúcifer) era um dos anjos mais elevados, talvez o mais alto. Lúcifer – e todos os anjos – estavam continuamente na presença de Deus e conheciam a glória divina. Portanto, não havia desculpa para que se rebelassem contra Deus e se afastassem dele. Eles não foram tentados; rebelar-se contra Deus, mesmo sabendo da verdade, foi a manifestação máxima do mal.
Em segundo lugar, Deus não estabeleceu um plano de redenção para os anjos, como fez para a humanidade. A queda da raça humana exigia um sacrifício para expiação do pecado, e esse sacrifício foi providenciado por Jesus Cristo. Na sua graça, Deus redimiu a humanidade e glorificou a si mesmo.
Nenhum sacrifício semelhante foi planejado para os anjos. Além disso, Deus se referiu aos anjos que permanecem fiéis a ele como seus “anjos eleitos”. Segundo a doutrina bíblica da eleição, aqueles escolhidos por Deus para a salvação certamente serão salvos, e nada poderá separá-los do seu amor. Claramente, os anjos que se rebelaram não pertenciam a esse grupo.
Por fim, a Bíblia não apresenta nenhuma razão para acreditar que os anjos se arrependeriam, mesmo que Deus lhes concedesse a oportunidade. Os anjos caídos parecem inteiramente dedicados a se opor a Deus e a atacar o seu povo. Ainda que a severidade do julgamento divino varie conforme o conhecimento que se tem, os anjos caídos, com todo o conhecimento que possuíam, são merecedores da absoluta ira de Deus.






